Clima

Copernicus: É “praticamente certo” que 2024 será o ano mais quente de sempre

Copernicus: É “praticamente certo” que 2024 será o ano mais quente de sempre iStock

De acordo com o programa europeu Copernicus, é “praticamente certo” que 2024 seja o ano mais quente já registado, tornando-se no primeiro em que a temperatura média global fica acima de 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais.

O boletim do Serviço para as Alterações Climáticas do Copérnico é publicado uma semana antes da cúpula do clima (COP29), que arranca a 11 de novembro em Baku, no Azerbaijão. Segundo Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus, estas conclusões traçam “um novo marco nos registos da temperatura mundial e devem servir como um impulsionador para aumentar as ambições para a próxima conferência sobre alterações climáticas”.

Os investigadores revelaram que as temperaturas globais, nos últimos 12 meses, foram 1,62 °C superiores do que a média de 1850-1900, quando a população começou a explorar e utilizar grandes quantidades carvão, petróleo e gás.

De acordo com o boletim, o mês passado foi o segundo outubro mais quente já registado, ficando apenas atrás de outubro de 2023, com uma temperatura de 1,65 °C maior do que os níveis pré-industriais. Foi o 15.º mês, nos últimos 16, a ser superior à marca de 1,5°C.

Os cientistas salientaram que um único ano acima do limite não significa que o objetivo de manter o aquecimento global abaixo de 1,5 °C em relação à era pré-industrial esteja em causa, uma vez que este aumento é medido ao longo de décadas e não de anos, no entanto, alertam que ao manter-se a tendência atual, mais pessoas e ecossistemas vão viver à beira da sobrevivência.

A investigação também concluiu que o gelo do Ártico atingiu o seu quarto nível mensal mais baixo em outubro, representando 19% abaixo da média, enquanto a extensão do gelo na Antártida atingiu o seu segundo nível mais baixo também em outubro, 8% abaixo da média.

Carlo Buontempo, diretor do Copernicus, frisou também que “a nossa civilização nunca lidou com um clima tão quente quanto o atual. Isto leva, inevitavelmente, a que a nossa capacidade de responder a eventos extremos – e de nos adaptar a um mundo mais quente – esteja fixa num limite absoluto”.

 

 

 

Não perca informação: Subscreva as nossas Newsletters

Subscrever