O Grupo Ferrero revelou, no 14.º Relatório de Sustentabilidade, que as suas emissões de gases com efeito de estufa (âmbito 1, 2 e 3) aumentaram cerca de 4,44% para as 7 318 172 toneladas de Co2eq no ano fiscal 2021/2022. Tal deveu-se ao aumento da produção em 6% e da intensidade de mobilidade depois da pandemia da covid-19.
Apesar disso, as emissões de âmbito 1 (emissões diretas de GEE decorrentes das operações que pertencem ou são controladas pela empresa) mantiveram-se estáveis e as de âmbito 2 (emissões indiretas provenientes do consumo de energia) registaram uma quebra de 41%. Atualmente, as emissões de âmbito 3, que são responsáveis por 93% das emissões de GEE (onde estão incluídas as embalagens, os materiais primários, entre outros), aumentaram 5,39%.
Para a queda do âmbito 2 contribuiu o consumo de energia renovável que aumentou para 23,8% nas fábricas e para 23,6% no total da empresa, assim como o aumento da compra de eletricidade de origem renovável, que atingiu os 88% no geral do grupo e 92% nas fábricas. Por exemplo, 18 das fábricas já utilizam energia 100% renovável proveniente da rede. Também a nível energético, o grupo Ferrero diminuiu a intensidade energética, tendo um rácio de 7,41 gigajoule de energia consumida por cada tonelada de produtos.
Já no consumo de água, este foi reduzido de 3,9 metros cúbicos por toneladas para 3,7. A intensidade de consumo diminui 3,8%. As descargas de águas residuais também sofreram uma queda de 3,3% em relação ao ano anterior, principalmente devido a melhorias constantes nas estações de tratamento de águas residuais internas e devido à redução do consumo de água.
Ao nível de resíduos gerados, este manteve-se estável nos 68,2 quilos por toneladas. A empresa nota que “apesar de o resultado ter sido negativamente influenciado por alguns eventos como o encerramento temporário da fábrica de Arlon, foi possível manter a mesma eficiência por tonelada de produção devido a uma continuação de melhorias ao nível da eficiência das linhas de produção e do aumento da reutilização de paletes de madeira e cartão, assim como através do upcycling de resíduos em subprodutos”. A percentagem de resíduos recuperados aumentou dos 96,7% para os 97,6%, com o valor a subir para os 98,1% quando consideramos apenas as fábricas. Atualmente, 11 das fábricas atingiram uma taxa de recuperação superior aos 99%.
No campo das embalagens, existiram ligeiras melhorias na utilização de materiais de origem renovável, mas os números mantiveram-se estáveis. Nas garrafas de PET, o grupo já utiliza 100% de conteúdo reciclado.
Finalmente, ao nível do fornecimento dos ingredientes, o programa Valores Agrícolas Ferrero (FFV) ajudou a fornecer orientação individualizada a 32% dos agricultores de cacau em termos de planeamento agrícola e empresarial, enquanto 155.000 agricultores de cacau participaram em formações de grupo.
O Grupo conseguiu até agora alcançar rastrear a origem até ao nível da exploração agrícola em mais de 96% do seu volume de abastecimento de cacau. Além disso, 82% do volume total de cacau foi obtido de grupos de agricultores dedicados apoiados pela Ferrero. Em relação a todas as avelãs fornecidas, o Grupo consegue rastrear 79% do volume total, apesar das complexidades sistémicas na cadeia de abastecimento.
Outro ponto a destacar é que 100% do óleo de palma é certificado e segregado pela RSPO (Roundtable on Sustainable Palm Oil), sendo que 99,95% é rastreável até 146 moinhos de óleo de palma e 722 plantações.
“O modelo de segregação garante que o óleo de palma sustentável seja mantido separado das plantações e fazendas, em toda a cadeia de abastecimento, sendo o Grupo uma das primeiras empresas globais a obter 100% de óleo de palma segregado certificado pela RSPO (desde 2015)”, explica a Ferrero.
Pode consultar o relatório completo, aqui.