Descarbonização

Galp avança com produção de biocombustíveis e hidrogénio verde em Sines

Galp avança com produção de biocombustíveis e hidrogénio verde em Sines

A Galp tomou a decisão final que permitirá o arranque da unidade de biocombustíveis avançados e da unidade de produção de hidrogénio verde. Prevê-se que as duas novas unidades comecem a operar até ao final de 2025.

Na unidade de biocombustíveis avançados, a Galp e a Mitsui juntaram esforços numa joint-venture (75/25) para produzir e comercializar os biocombustíveis numa unidade adjacente à refinaria de Sines, com capacidade para 270 mil toneladas por ano.

A unidade produzirá diesel renovável (hydrotreated vegetable oil – HVO) e combustível sustentável para a aviação (Sustainable Aviation Fuel – SAF) a partir de resíduos usados, permitindo uma redução das emissões de gases com efeito estufa em cerca de 800 mil toneladas anuais (Scope 3, CO2e), comparativamente às alternativas fósseis disponíveis.

O investimento total nesta unidade industrial é estimado em cerca de 400 milhões de euros.

Já no hidrogénio verde, a Galp vai investir na construção de uma unidade de hidrogénio verde com a capacidade de 100 MW de eletrolise que produzirá até 15 mil toneladas de hidrogénio renovável por ano.

A integração deste projeto nas operações da refinaria de Sines permitirá a substituição de cerca de 20% do consumo atual de hidrogénio cinzento e poderá representar uma redução das emissões de gases com efeito estufa de aproximadamente 110 mil toneladas por ano (Scope 1 e 2, CO2e).

Os eletrolisadores serão alimentados a eletricidade renovável, através de acordos de fornecimento de longo prazo. Recorrendo a água industrial reciclada, estima-se que o consumo de água desta unidade represente menos de 3% do consumo médio anual da refinaria.

O investimento total neste projeto de hidrogénio verde é estimado em cerca de 250 milhões de euros.

A chairman, Paula Amorim, explica que os projetos “representam um investimento global de 650 milhões de euros. Trata-se de um contributo significativo para a transformação e o crescimento do sector industrial em Portugal, colocando a Galp na vanguarda do desenvolvimento de soluções de baixo carbono imprescindíveis para assegurar a transição energética”.

A responsável aponta que “estas decisões de investimento foram tomadas na expetativa de que a evolução do enquadramento fiscal e regulatório em Portugal não prejudique o sucesso destes projetos de grande dimensão, garantindo que as nossas operações industriais se mantenham competitivas a longo prazo num contexto global”.

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