A Brisa tornou-se a primeira empresa portuguesa do setor das infraestruturas a ver aprovadas pela Science Based Targets initiative (SBTi) as suas metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE).
A validação reconhece que os objetivos e o plano de ação da empresa estão alinhados com os critérios científicos internacionais para a descarbonização.
De acordo com o comunicado de imprensa, as metas definidas pela Brisa foram validadas tanto para o curto como para o longo prazo. Esta aprovação posiciona a Brisa em linha com os objetivos mais exigentes do Acordo de Paris, seguindo trajetórias científicas que visam limitar o aquecimento global a 1,5 °C.
A comunicação enfatiza ainda que a Brisa tem seguido uma “trajetória consistente” de descarbonização, tendo já alcançado uma redução de 24% nas suas emissões próprias (Âmbitos 1 e 2) entre 2021 e 2024.
As metas propostas pela Brisa incluem uma redução de 60% nas emissões diretas (âmbito 1) e no consumo de eletricidade (âmbito 2) até 2030. A empresa compromete-se ainda a trabalhar em colaboração com os seus principais fornecedores, que representam 64% das emissões da cadeia de valor, incentivando-os à adoção de metas climáticas até 2029 (categorias 1 e 2 do âmbito 3).
Paralelamente, prevê atingir uma redução de 42% nas emissões associadas à distribuição, à produção da energia consumida e às deslocações casa-trabalho dos colaboradores até 2030 (categorias 3 e 7 do âmbito 3). Como meta de longo prazo, a Brisa pretende atingir a neutralidade carbónica (net-zero) até 2040, ou seja, eliminar 90% das emissões absolutas de GEE dos âmbitos 1, 2 e 3, tendo como base 2021.
A SBTi classificou a ambição da Brisa para as emissões dos âmbitos 1 e 2 como alinhada com uma trajetória de aquecimento global de 1,5 °C, o mais alto nível de ambição atualmente reconhecido pela iniciativa.
A nota de imprensa refere ainda que este compromisso vai além das exigências mínimas estabelecidas pela SBTi, que preveem a neutralidade carbónica até 2050.
Para António Pires de Lima, CEO do Grupo Brisa, salienta que esta validação “comprova a credibilidade e a exigência da ambição e dos compromissos assumidos pelo Grupo Brisa, no domínio da ação climática e da descarbonização da economia. O nosso compromisso reflete-se no investimento que estamos a realizar na descarbonização das nossas operações e da nossa cadeia de valor, mas, também, no nosso modelo de financiamento que, hoje, já está indexado, em mais de mil milhões de euros, ao cumprimento dos nossos objetivos de descarbonização”.
A SBTi é a principal referência global na validação de metas corporativas de redução de emissões de gases com efeito de estufa, assegurando que estas estão alinhadas com a ciência climática. A iniciativa resulta de uma colaboração entre quatro grandes organizações internacionais: o CDP (Carbon Disclosure Project), o United Nations Global Compact, o World Resources Institute (WRI) e a World Wide Fund for Nature (WWF).
O principal objetivo da SBTi é apoiar empresas e instituições financeiras a estabelecer metas de descarbonização alinhadas com o Acordo de Paris, contribuindo para limitar o aquecimento global a 1,5 °C.

Direitos Reservados
