Em 2023, a produção e o consumo de carvão na União Europeia (UE) diminuíram para os níveis mais baixos registados, atingindo os 274 milhões de toneladas, uma descida de 22% em comparação com o ano anterior, e os 351 milhões de toneladas, um decréscimo de 23% em termos homólogos, respetivamente. São os dados preliminares revelados pelo Eurostat.
“Com uma diminuição de mais de 100 milhões de toneladas no consumo de carvão, esta parece ser uma das maiores reduções anuais históricas observadas para o combustível na UE”, explica o serviço europeu de estatísticas.
No ano passado, a Alemanha (37%) e a Polónia (27%) foram os principais consumidores de carvão na UE, representando quase dois terços.
Já em 2022, o carvão foi ultrapassado, pela primeira vez, pela energia solar na produção de eletricidade na UE. A proporção de energia solar na produção total de eletricidade da UE foi de 210.249 gigawatt-hora (GWh), em comparação com 205.693 gigawatt-hora (GWh) para o carvão betuminoso.
A Polónia e a República Checa são os dois únicos produtores de carvão betuminoso na UE, sendo que a Polónia o utiliza como principal fonte de produção de eletricidade, avança o Eurostat.
Ainda em 2022, a Rússia continuou a ser o maior fornecedor de carvão betuminoso para a UE, com 24%, à frente dos Estados Unidos da América (EUA), com 18% e da Austrália, com 17%.
No entanto, depois da entrada das sanções europeias às importações russas de carvão betuminoso, em agosto de 2022, devido à invasão da Rússia na Ucrânia, as importações russas caíram para 27 milhões de toneladas em 2022, uma descida de 45% comparativamente com 2021.