O BCSD Portugal lançou uma bolsa nacional de iniciativas de biodiversidade, que pretende ser um “ponto de encontro” entre as empresas que querem integrar a conservação da natureza e biodiversidade e serviços do ecossistema no seu modelo de negócio e as entidades promotoras de projetos de conservação da natureza e biodiversidade.
Segundo explicado em comunicado, esta aproximação pode concretizar-se através de parcerias, ações de voluntariado, financiamento, entre outras.
Neste momento, estão já elencadas mais de 20 iniciativas, de norte a sul do país, distribuídas por cinco áreas de atuação:
- gestão dos ecossistemas aquáticos;
- gestão territorial;
- proteção e conservação da biodiversidade;
- restauro ecológico;
- soluções baseadas na natureza em prol do clima e da riqueza do mundo natural.
“Se por um lado temos entidades, projetos ou iniciativas que necessitam de ganhar uma voz e que muitas vezes são iniciativas já a decorrer, no terreno, por outro, temos empresas que necessitam de incorporar a biodiversidade como um elemento ativo da sua estratégia de atuação, como forma de agregar valor ao seu negócio”, refere a Head of Sustainability Knowledge do BCSD Portugal, Maria João Coelho.
“Muitas vezes, o que falta é que ambas as partes se encontrem e o grande objetivo do BCSD Portugal (com a criação desta plataforma) é o de facilitar o match perfeito entre oferta-procura-oferta”, explica.
Os projetos inscritos na bolsa podem ter como propósito a preservação da natureza, o seu restauro ou ainda a compensação de impactos inevitáveis das operações das empresas na natureza; podem ser soluções baseadas na natureza, simultaneamente, em prol do clima e da biodiversidade; ou projetos que podem evoluir para um modelo de negócio (ou para consolidá-lo), como por exemplo offsets, bancos de biodiversidade, entre outros.
“Alguns destes projetos são, na sua grande maioria, transversais a áreas estratégicas das empresas, envolvendo a comunicação interna, os recursos humanos, comunicação externa, departamento de logística, rede de fornecedores e, em especial, o envolvimento com a comunidade e agentes locais na área geográfica onde as empresas atuam ou estão sediadas, representando uma mais-valia em toda a cadeia de valor”, acrescenta a responsável.