Consumo Ético

Consumidores estão disponíveis para pagar mais por ‘produtos verdes’

Consumidores estão disponíveis para pagar mais por 'produtos verdes'

O estudo global Consumer Life, elaborado pela Gfk, mostra que os consumidores estão mesmo dispostos a pagar mais por produtos percecionados como mais amigos do ambiente.

Segundo explicado, as preocupações ambientais são um dos critérios que mais influenciam a compra de bens de consumo tecnológico com maior durabilidade.

Para se ter uma ideia, “a venda de modelos de classe A mais do que duplicou num ano e a sua quota ultrapassou os 60% em alguns países e categorias, tendo os preços mudado significativamente: em 2020 o preço médio de uma máquina de lavar loiça A+++ (rótulo antigo) na Europa era de 688€; em 2022, os consumidores pagaram uma média de 1.438€ pelo mesmo produto com um rótulo A (topo da classe energética)”.

Além disto, “os novos rótulos da UE alcançaram assim os principais objetivos: o de diferenciar de uma forma mais eficaz o consumo da energia dos produtos e o de tornar a eficiência energética novamente um fator determinante na hora de comprar”, sendo que “nos próximos anos prevê-se que os eletrodomésticos energicamente mais eficientes continuem a ganhar espaço no mercado, à medida que a norma passe a rotular progressivamente os produtos entre A e C.

Aceda ao estudo clicando na imagem

Bens Tecnológicos de Consumo recondicionados ganham tração

O estudo da GfK revela ainda que “27% dos consumidores no mundo inteiro já compraram algo em segunda mão. Neste campo, os smartphones continuam a dominar este mercado, mas os computadores portáteis e as consolas de jogos estão também a crescer”.

Segundo o explicado, este movimento pode justificar-se pelos “sinais de saturação que se têm verificado no mercado global dos smartphones, com as taxas de crescimento em declínio”. Dados da GfK, em França, revelam que, em 2022, os aparelhos recondicionados registaram uma taxa de crescimento de 24% em valor em comparação com o ano anterior, enquanto os dispositivos novos registaram um crescimento de apenas 3%.

“Na análise global é preciso compreender que para os consumidores o meio ambiente é uma prioridade constante que tende a manter-se, independentemente de eventuais novas preocupações. Os principais indicadores demonstram ainda que os mercados começam a ser impulsionados por iniciativas sustentáveis, que vão além da alteração de rótulos”, explica-se em comunicado.

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