A Fundação Repsol e o Ministério do Ambiente e Ação Climática anunciaram um acordo estratégico para desenvolver projetos de reflorestação de grande escala em Portugal, através do projeto Motor Verde +Floresta.
Segundo explicado em comunicado, mais de 400 milhões de euros vão ser investidos na reflorestação de 100 mil hectares de terrenos ardidos ou baldios em Portugal, contribuindo para a absorção de 25 milhões de toneladas de carbono, com a plantação de mais de 90 milhões de árvores nos próximos anos. Desde 2017 que os incêndios levaram a uma perda de mais de 90 mil hectares de floresta por ano.
O projeto Motor Verde +Floresta prevê criar milhares de oportunidades de emprego local e inclusivo, especialmente nas zonas rurais do país. Além disso, a Fundação Repsol disponibilizará programas de formação para promover a empregabilidade e fomentar o empreendedorismo no meio rural.
O presidente da Repsol, Antonio Brufau, salientou que “a captura de CO₂ nos meios naturais, como as florestas, apoiada por tecnologia de satélite para o controlo e monitorização do desenvolvimento das massas florestais é, sem dúvida, outra grande oportunidade para a economia e para os desafios dos nossos países em termos de transição energética”.
O Motor Verde +Floresta vai aplicar tecnologia de satélite para a proteção integral das florestas contra incêndios e para a monitorização do crescimento das massas florestais. Além disso, a implantação desta tecnologia tornará possível levar conectividade WiFi de banda larga gratuita aos habitantes das zonas remotas onde as plantações são realizadas.
A iniciativa junta ainda o Grupo Sylvestris e uma equipa de especialistas que, desde 2021, está a desenvolver este projeto com grande sucesso em Espanha.
Primeiras fases do projeto
Nos próximos anos será desenvolvido um projeto-piloto no Norte do país, reflorestando uma área de cinco mil a dez mil hectares com mais de nove mil árvores de espécies autóctones, que permitirão a absorção de 2,5 milhões de toneladas de CO₂.
Já estão em curso trabalhos numa área de 58,5 hectares em Alpedrinha, Cardigos e Sardoal, afetados por dois incêndios em 2017 e 2019. Para a certificação internacional deste projeto de absorção, os projetos estão a desenvolver-se de acordo com as normas de Verra, num projeto-piloto para certificar o primeiro projeto em Portugal com créditos Verified Carbon Standard (VCS).