Desplastificação

Iniciativa Better Plastics desenvolveu mais de 19 materiais e 20 produtos sustentáveis

Iniciativa Better Plastics desenvolveu mais de 19 materiais e 20 produtos sustentáveis

O projeto Better Plastics, iniciativa sustentada num ecossistema de inovação do setor dos plásticos, desenvolveu, nos últimos três anos, mais de 20 produtos, 19 materiais e três tecnologias inovadoras e sustentáveis, num investimento de 6,3 milhões de euros.

Ao nível do design de material, foram desenvolvidas novas soluções para embalagens alimentares que incorporam conteúdo reciclado e são recicláveis no seu fim de vida, nomeadamente embalagens para queijo e carne processada.

Foram ainda desenvolvidos novos materiais biocompostáveis para sacos muito leves para embalar frutas e legumes, com possibilidade de serem reutilizados para o acondicionamento de biorresíduos domésticos. Estes materiais estão alinhados com os ciclos de compostagem industrial existentes em Portugal de 60 dias, que é contrário ao ciclo das centrais europeias de 180 dias. Espera-se colocar este produto no mercado até ao final do ano.

Na vertente do design de produto, foram criadas embalagens de uso alimentar, para o setor das bebidas e dos produtos lácteos, com menores quantidades de material e com incorporação de material reciclado, com características de reutilização e elevada reciclabilidade. Nomeadamente, uma garrafa de água com 50% de reciclado e reutilizável, assim como um copo de iogurte que pode ser reutilizado para outras aplicações no seu fim de vida.

Desenvolveram-se ainda embalagens para a indústria médico-farmacêutica e componentes para o setor rodoviário e automóvel, baseadas no ecodesign e na incorporação de materiais reciclados e recicláveis no seu fim de vida.

Na área da reciclagem, foram desenvolvidas novas tecnologias de pré-tratamento para a redução de contaminantes orgânicos, tintas e odores, permitindo aumentar a qualidade dos plásticos reciclados obtidos por via da reciclagem mecânica, assim como novas soluções de materiais provenientes da reciclagem mecânica e química.

Por fim, nas matérias-primas alternativas, foram desenvolvidos novos materiais biodegradáveis, baseados na valorização de resíduos alimentares e da biomassa, assim como a produção de fibra de carbono verde a partir de um percussor natural.

“Através do desenvolvimento de novos materiais, produtos e tecnologias, estamos a impulsionar a transição do setor dos plásticos para uma economia circular. O setor está comprometido na procura de soluções inovadoras que permitam aproveitar ao máximo os benefícios do plástico, ao mesmo tempo em que minimizamos seu impacto ambiental”, explica o presidente da Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos (APIP), Amaro Reis.

O projeto, promovido pela APIP e constituído por 52 membros da cadeia de valor do setor dos plásticos em Portugal, envolveu toda a cadeia de valor – desde a indústria química, aos produtores de matérias-primas, às empresas de transformação, marcas próprias, retalhistas, empresas de reciclagem e entidades gestoras de resíduos, – no desenvolvimento de novos materiais, produtos e tecnologias.

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