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Embalagens à base de fibras, uma alternativa mais sustentável

Embalagens à base de fibras, uma alternativa mais sustentável

A DS Smith, fornecedor global de packaging sustentável à base de fibra de papel, está focada em liderar a transição para a economia circular e defende que o potencial de circularidade de um produto é determinado logo na fase de desenvolvimento. Conversámos com Luis Serrano, Sales, Marketing & Innovation Director na DS Smith Ibéria, para saber o que leva a empresa a apostar nesta vertente e o que tem feito para tornar as embalagens mais amigas do ambiente.

Em traços gerais, que tendências veem no mundo das embalagens, no que diz respeito às preocupações ambientais?
As pessoas estão mais conscientes do seu impacto no mundo e da importância de os produtos que compram serem sustentáveis. Em simultâneo, existe a expetativa de que as empresas reduzam radicalmente o seu impacto no meio ambiente. Seja qual for o produto que compramos, o que vemos primeiro é a embalagem e, se esta não corresponder às expetativas de sustentabilidade do consumidor, este está disposto a mudar de marca. Assim, há cada vez mais marcas comprometidas com a circularidade e sustentabilidade do seu packaging. A preocupação com o impacto ambiental estende-se a toda a cadeia de fornecimento e existe uma tendência crescente para novos designs que permitam otimizar a logística e o transporte do packaging. Embalagens otimizadas requerem menos materiais, menos área de armazenamento e menos transportes em circulação, o que reduz as emissões de CO2.

Na vossa estratégia de sustentabilidade, tornar as embalagens recicláveis ou reutilizáveis parece ser a principal aposta. Porquê apostar nessas duas opções?
Na DS Smith, estamos muito focados na economia circular e em desenvolver soluções que ajudem a eliminar os resíduos e a poluição, a manter os materiais em uso durante mais tempo e a regenerar os sistemas naturais. Em 2022/23, atingimos o objetivo de produzir 100% de embalagens reutilizáveis ou recicláveis. Este objetivo tinha sido originalmente estabelecido com um prazo até 2025, que foi antecipado para 2023. Agora, desejamos ir mais além, pretendemos que até 2030 todo o nosso packaging seja reciclado ou reutilizado.
A reciclagem transforma o packaging usado num recurso, o que se coaduna com o primeiro princípio da economia circular, que é eliminar os resíduos e a poluição. O segundo princípio é manter os materiais em uso – algo que as fibras das nossas embalagens permitem, pois podem ser recicladas até 25 vezes para criar novos produtos de papel. A reciclagem é vital para a transição para a economia circular.
Quanto à reutilização, deve ser uma opção sempre que seja benéfica para o ambiente, a economia e a sociedade. Já criámos mais de mil designs para reutilização e estamos a explorar projetos-piloto e parcerias para a implementar sempre que faça sentido.

Conseguem indicar um ou dois exemplos de embalagens que tenham transformado, em colaboração com os vossos clientes, de modo a serem mais amigas do ambiente?
Em colaboração com os clientes e através das nossas Métricas de Design Circular, pioneiras no setor, criámos, desde 2020, mais de 30.000 projetos, a nível global, que integram a circularidade. A nossa gama de embalagens primárias para o setor hortofrutícola, 100% em cartão reciclado e 100% reciclável, é um exemplo no âmbito da redução de plásticos. Destaca-se também a nossa solução em cartão para peixe e marisco que representa uma alternativa às tradicionais caixas de poliestireno expandido. Está otimizada para o transporte de produtos frescos desde a lota até ao ponto de venda, assim como para os envios de compras online. Também para o canal de e-commerce, disponibilizamos uma vasta gama de inovações para vários setores. Destacamos uma solução que substitui os tradicionais envelopes de plástico. Trata-se de envelopes de papel que se adaptam ao conteúdo e que incluem papel bolha para acondicionar os produtos.
Dispomos de diversas ferramentas e instalações inovadoras, incluindo os Innovation Hubs e PackRight Centres, onde realizamos sessões colaborativas e interativas com os clientes para desenvolver conjuntamente soluções de packaging que os ajudem a atingir os seus objetivos.

Que importância tem a I&D na luta contra o excesso de embalagens e por embalagens menos nefastas para o ambiente?
Na nossa perspetiva, o potencial de circularidade de um produto é determinado, em grande parte, pelas decisões na fase de desenvolvimento. Por exemplo, um estudo recente da DS Smith revela que o packaging sobredimensionado gera mais de 70 toneladas/ano de excesso de emissões de CO2 na Europa. Isto acontece porque as caixas sobredimensionadas originam 4,2 milhões de viagens desnecessárias para entrega de encomendas, além de utilizarem materiais em excesso. A I&D tem um papel fundamental, tanto em termos de eficiência como de sustentabilidade do packaging.
Estamos a investir em I&D e Inovação estratégica a nível global para acelerar o trabalho na economia circular, incluindo a formação dos nossos 700 designers em todo o mundo de modo a integrarem os “Princípios de Design Circular”, que desenvolvemos com a Fundação Ellen MacArthur, da qual a DS Smith é um dos 19 Parceiros Estratégicos.
Também temos em curso um plano de I&D e Inovação no âmbito do qual exploramos a possibilidade de utilizar fibras naturais alternativas e estamos a testar materiais inovadores de base biológica para o fabrico de papel e embalagens, nomeadamente à base de plantas e resíduos agrícolas. O objetivo é analisar o potencial dessas fibras para substituir o plástico de vários materiais e diversificar a gama de fontes que utilizamos na produção de packaging. A nossa investigação tem o potencial de diminuir a dependência das florestas e proteger os recursos naturais.

Do vosso conhecimento, a legislação promove a adoção de práticas mais sustentáveis nas embalagens ou, pelo contrário, pode funcionar como obstáculo?
A legislação vem sendo atualizada para reduzir os produtos de plástico de utilização única e o volume de resíduos de plástico gerados, o que é positivo. Regista-se uma forte procura por embalagens à base de fibras como uma alternativa mais sustentável, pelo que acreditamos que os imperativos legais, a par de uma maior consciência ambiental, incentivem a utilização de produtos com menos impacto no planeta.
Estamos a acompanhar os debates sobre o novo Regulamento da Comissão Europeia sobre embalagens e resíduos de embalagens (PPWR), que deverá ser adotado no próximo ano. Apoiamos plenamente os objetivos da nova legislação, pois acreditamos que o impacto das embalagens no ambiente deve ser minimizado. No entanto, acreditamos que, apesar das boas intenções, pode haver consequências não intencionais quando se trata de impor objetivos de reutilização a materiais como o cartão, que já é altamente reciclado em toda a UE. Estabelecer objetivos de reutilização obrigatórios para todos os materiais de embalagem, independentemente do tipo de material, incentivará as empresas a mudar para caixas de plástico, o que contrariaria os esforços da UE para limitar a quantidade de embalagens de plástico produzidas e em circulação. Na nossa opinião, a reutilização e a reciclagem devem ser complementares para desempenharem o seu papel na circularidade das embalagens.

 

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