Economia Circular

Apenas seis marcas de roupa assumem responsabilidade parcial pelos seus resíduos

Apenas seis marcas de roupa assumem responsabilidade parcial pelos seus resíduos

A Associação ZERO revelou, numa análise realizada às lojas online de 35 marcas de roupa, que apenas seis marcas (17%) têm iniciativas de recolha para reciclagem.

A ZERO afirmou a urgência em aplicar uma abordagem da responsabilidade alargada do produtor (RAP) ao setor têxtil para assegurar que quem financia o encaminhamento e tratamento dos resíduos no seu fim de vida, é quem coloca o produto no mercado.

A Associação Sistema Terrestre Sustentável destacou ainda a importância do foco da RAP no incentivo a tecidos duráveis, reutilizáveis e reparáveis, a reciclagem em upcycling (utilização de fibra reciclada para produzir novos têxteis) assim como na diminuição da produção.

A ZERO deixa algumas orientações: a promoção da reciclagem em sistema fechado (evitar o downcycling), assegurar o acesso do setor social à roupa em segunda mão bem como a inclusão de outros têxteis, além do vestuário, neste sistema de reutilização e reciclagem, são algumas das orientações que devem estar presentes no setor têxtil.

A aplicação da ecomodulação, para que o valor que as marcas pagam por cada peça “desincentive a produção em quantidade, a baixa qualidade e a difícil reciclabilidade”, é outra orientação que foi apresentada pela ZERO.

A ZERO aconselha percentagens fixas de alocação de parte do ecovalor à reutilização dos tecidos, de objetivos de redução, reutilização e reciclagem bem como critérios de reciclabilidade, reparabilidade e de durabilidade. A Associação também referiu o contributo dos cidadãos, exigindo às marcas de roupa que assumam a responsabilidade pela gestão dos produtos colocados à venda no mercado.

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