As emissões de dióxido de carbono (CO2) na China desceram cerca de 1,4% nos primeiros três meses de 2022. De acordo com a análise feita para o Carbon Brief, este é o terceiro trimestre consecutivo de quedas de emissões em pelo menos uma década.
As emissões atingiram o seu pico no verão de 2021, à medida que o governo chinês apertou políticas no mercado imobiliário para mitigar a especulação e o risco financeiro. A queda consequente foi impulsionada pela contínua desaceleração imobiliária e um forte aumento da energia limpa. A partir do final de março – no final do período abrangido por esta análise – o principal impulsionador tornou-se as políticas de controlo da covid-19.
A análise nota que é altamente provável que a tendência se alargue no segundo trimestre devido ao impacto continuo dos lockdowns na China.
Em abril, a produção de energia térmica teve a maior quebra desde dezembro de 2015, a queda da produção de cimento acelerou e o consumo aparente de petróleo refinado diminuiu quase tanto quanto durante os primeiros lockdowns em 2020.
As quedas nas emissões só tinham acontecido na última década em apenas dois períodos: durante um abrandamento industrial e de construção entre 2013-2016 (com as taxas de crescimento trimestrais a alternarem entre positivas e negativas durante os três anos) e no primeiro trimestre de 2020 com o início dos lockdowns.