As conclusões do estudo que analisa a atratividade de Portugal para a captação de investimento direto estrangeiro (IDE), indiciam o regresso dos níveis de confiança dos investidores, atuais e potenciais, aos valores observados antes do início da crise financeira.
O EY Portuguese Attractiveness Survey revela que o principal fator de atratividade de Portugal é a proximidade linguística e cultural com economias emergentes e que os sectores das Tecnologias de Informação e Comunicação (referidos por 29% dos entrevistados), as atividades relacionadas com o mar (apontadas por 28% dos inquiridos) e energia (indicada por 17% dos participantes) continuam a ser destacadas pelo investidores estrangeiros como fatores de atratividade para investir no país.
Por região, Lisboa (43%) e o Norte (27%) revelaram-se as mais atrativas e em matéria de atratividade setorial, o EY Portuguese Attractiveness Survey destaca três áreas: “Produtiva (manufacturing), com 29%, o que traduz a perceção dos investidores estrangeiros de que há oportunidades para investimento na indústria, Investigação & Desenvolvimento, com 22%, o que demonstra confiança quanto à capacidade de diferenciação e geração de valor acrescentado nas universidades, centros tecnológicos e equipas de investigação nacionais e Centros logísticos, com 21%, o que sublinha a importância do posicionamento geoestratégico do país num momento em que o arrefecimento da economia europeia e o aumento de oportunidades nos países emergentes devolvem a Portugal uma posição de centralidade, reforçada pelas boas infraestruturas logísticas, terrestres, marítimas e aeroportuárias.”
O estudo revela ainda que 22% das empresas tenciona investir em Portugal no curto prazo e que 90% dos inquiridos considera que o país vai recuperar dos efeitos da crise dentro de cinco anos, com 48% a acreditarem que serão precisos apenas 36 meses.
Os inquiridos revelaram ainda que para melhorar a sua atratividade, Portugal deve “desenvolver a educação e as qualificações da mão-de-obra”, “reduzir a carga fiscal”, “apoiar indústrias de alta-tecnologia e inovação”, “aumentar os incentivos para IDE”, “apoiar as PME” e “facilitar o acesso ao crédito”.