O novo canal do Panamá entrará em funcionamento em 2014 e permitirá a passagem de navios de contentores de porte até 13.000 TEU.
Carlos Vasconcelos, presidente da CPSI, durante a conferência, classificou o novo Canal do Panamá como “uma oportunidade de particular importância para o desenvolvimento e crescimento dos portos portugueses”, opinião que foi partilhada pelos restantes oradores presentes no evento.
Em destaque esteve a posição geoestratégica dos portos portugueses, como considerou a presidente do porto de Sines, Lídia Sequeira, que sublinhou: “Todos vão beneficiar das mudanças nas rotas marítimas mundiais. O porto de Sines, pelas suas características, tem aqui uma oportunidade única”, acrescentando que este, já no próximo ano, terá “capacidade de receber e transformar, na sua refinaria anexa, uma série de combustíveis necessários ao país sem necessidade de recorrer à importação”. Para aquela responsável, com o porto de Sines, Portugal pode ter as “condições para constituir uma zona de valor acrescentado, através da qual poderá fazer a redistribuição de todos os produtos para o mundo”.
Francisco Sá, presidente executivo da Aicep Global Parques, identificou as oportunidades que o novo Canal do Panamá, “que ficará com uma capacidade duas a três vezes superior à anterior”, abre aos portos portugueses e sublinhou que, “neste momento, o mais importante é definir que produto os portos nacionais e os stakeholders da logística querem vender e quem são os parceiros indicados”. Sá recomendou ainda a integração do mercado português na Península Ibérica, “reforçando a competitividade das soluções logísticas, infraestruturas e serviço da fachada atlântica”.
Este foi o primeiro evento organizado pela recém-criada Comunidade Portuária do Porto de Sines (CPSI), uma associação que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento do porto de Sines como plataforma portuária e logística de âmbito internacional.
