A empresa de energia Shell criou projeto-piloto para testar a utilização de Bio-GNL (ou biometano liquefeito) no transporte de longo curso. Os testes, que ocorrem na Alemanha, envolvem a cadeia de supermercados EDEKA Minden-Hannover e a dois outros clientes, sendo que cada participante irá envolver três camiões a Bio-GNL das suas frotas, ao longo de um ano, para a operação.
Em comunicado, a IVECO revela que a Edeka Minden-Hannover escolheu três camiões de gás natural IVECO S-WAY para fazer parte do projeto-piloto. Este projeto é considerado pela Shell como um passo importante rumo à expansão das suas fábricas de biometano liquefeito para o transporte de longo curso.
“A utilização de Bio-GNL ao longo de todo o processo seria, muito naturalmente, um grande passo em frente para alcançar as zero emissões. Como tal, estamos muito satisfeitos por participar neste projeto-piloto destinado a mostrar o quanto este avançado biocombustível pode contribuir para alcançar este objetivo, considera Thomas Steinlein, Responsável de Frota e Gestão de Transporte, da EDEKA Minden-Hannover.
O biometano liquefeito utilizado pela Shell é produzido a partir de resíduos agrícolas, sendo que cumpre com os critérios da Diretiva sobre Energias Renováveis (REDII) entretanto revista pela União Europeia, uma vez que é um produto de economia circular sustentável. Assim, a EDEKA Minden-Hannover e os restantes clientes envolvidos no projeto-piloto irão receber declarações sobre a sustentabilidade do produto e os benefícios em termos de carbono.
Fabian Ziegler, Responsável da Shell Alemanha, revela que este é só o primeiro passo: “A fábrica de Bio-GNL da Nordsol tem o arranque da produção planeado já para este verão, de modo a abastecer a nossa rede europeia. De seguida, iremos progredir por fases e com limites, uma vez que apresentámos em Colónia um pedido de autorização de planeamento para uma fábrica com 100.000 toneladas de capacidade, destinada à produção de biometano liquefeito no Parque de Energia e Produtos Químicos de Rheinland, projeto que esperamos poder arrancar no próximo outono”.