No mês de fevereiro, a produção de energias renováveis abasteceu 88% do consumo de energia elétrica em Portugal, de acordo com dados divulgados pela REN – Redes Energéticas Nacionais.
A produção não-renovável foi responsável pelo abastecimento de 10% da energia elétrica, e os restantes 2% foram abastecidos com recurso a energia importada. O consumo de energia elétrica subiu 0,1% em fevereiro, comparativamente com o mesmo período do ano passado.
Em comunicado, a REN esclarece que, com correção da temperatura e número de dias úteis do mês de fevereiro, o consumo registou um crescimento de 1,9%. Nos dois primeiros meses do ano, registou-se uma subida de 0,9%, ou de 2,4% com correção da temperatura e dias úteis.
De acordo com a comunicação, no mês passado, o índice de produtibilidade das hidroelétricas foi de 1,10 (média histórica de 1), a das eólicas 1,19 (média histórica de 1), enquanto a fotovoltaica registou um índice de 0,92 (média histórica de 1), tendo-se, neste período, “registado novos valores máximos nas potências entregues à rede nas três tecnologias”.
A energia hidroelétrica atingiu uma potência máxima de 6906 MW no dia 28 de fevereiro, as eólicas registaram 5019 MW no dia 29, e as fotovoltaicas alcançaram 1919 MW no dia 19.
No geral do ano, a produção renovável abasteceu 84% do consumo, repartida pela hidroelétrica (44%), eólica (30%) e biomassa e fotovoltaica, ambas com 5%. A produção a gás natural abasteceu 12% do consumo. Já as trocas com o estrangeiro, abasteceram os restantes 4%, refere a REN.
Relativamente ao mercado de gás natural, a empresa referiu que “a tendência de redução dos consumos que se tinha interrompido em janeiro voltou a registar-se em fevereiro, com uma contração global homóloga de 27%, condicionada pelo comportamento do segmento de produção de energia elétrica, que apresentou uma redução de 73%, devido à elevada disponibilidade de energia renovável”.
No entanto, o segmento convencional registou novamente uma evolução homóloga positiva a situar-se nos 16%, “fundamentalmente devido ao segmento dos grandes consumidores”. No final de fevereiro, o consumo acumulado assinalou uma descida de 12%, repartida por uma subida de 9% no segmento convencional e uma queda de 48% no segmento de produção de energia elétrica.