Supply Chain

Ocupação logística em Portugal aumenta quase 50% no primeiro trimestre do ano

A ocupação logística em Portugal atingiu uma absorção de 102.200 m² no primeiro trimestre de 2021, um crescimento homólogo perto dos 50%.

A ocupação logística em Portugal atingiu uma absorção de 102.200 m² no primeiro trimestre de 2021, um crescimento homólogo perto dos 50%. A revelação é do novo estudo da consultora Cushman & Wakefield, o “Global Logistics Outlook 2021”, que analisa os fatores principais que afetam o crescimento, as operações de arrendamento e as tendências do setor logístico a nível mundial.

Durante o ano passado foram transacionados 335.300 m², mais do que duplicando o volume registado em 2019.

“Face à maior procura latente, associada a uma escassez de oferta de qualidade, verifica-se também um aumento da reabilitação de imóveis existentes, por forma a dar resposta aos critérios de ocupação atuais, assim como o desenvolvimento de novos projetos, com destaque para a promoção especulativa. Consequentemente, antecipa-se que se venha a reverter a tendência histórica de ocupação própria, dando resposta à atual procura elevada por parte dos investidores imobiliários”, comenta a Associate Director, Diretora de Research & Insight da Cushman & Wakefield, Andreia Almeida.

Neste contexto, a empresa espera que as rendas de mercado prime para espaços de logística em Portugal, atualmente nos €48/m²/ano em Lisboa e €46/m² no Porto, e respetivamente na 174ª e 184ª posição do ranking global, poderão observar um aumento gradual ao longo nos próximos anos.

Mundialmente

O ranking de localizações logísticas mais caras é liderado por Londres, com rendas anuais de 225 euros/m2, seguida de Hong Kong com 180 euros/m2 e São Francisco com 165 euros/m2.

A nível europeu, com base nos dados do final do ano passado, a taxa de disponibilidade continua a diminuir. Os mercados holandês e britânico registam um valor já baixo de 4% de desocupação, enquanto localizações como Roterdão, Lyon, Praga e Budapeste, têm apenas 2%.

A Cushman & Wakefield considera que “esta escassa oferta de produto logístico, tem levado a alguma construção especulativa, embora ainda sem aumento visível das disponibilidades, e sem correção nos valores de rendas”.

Segundo Andreia Almeida, “a disrupção sem precedentes causada pela pandemia de covid-19 e forma como os consumidores tiveram de alterar os seus comportamentos, redesenharam o futuro da indústria logística ao expor as vulnerabilidades das cadeias de abastecimento e ao acelerar o desenvolvimento de tecnologias”.

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