Alqueva vai libertar 45 hm3 de água, a partir da barragem de Pedrógão, simulando um caudal de cheia, de forma a garantir o cumprimento do regime natural do curso de água em questão, anunciou a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva em comunicado.
Esta ação é “essencial para limpeza e manutenção dos ecossistemas ribeirinhos no leito do rio Guadiana até à foz”, refere a EDIA.
A partir do final do dia 27 de fevereiro, dá-se início à operação, atingindo o pico nos dias 28 e 29 de fevereiro, com uma média de 300 m3 de água libertada por segundo. De acordo com a empresa, o caudal a descarregar “irá registar um aumento gradual durante as primeiras três horas e um decréscimo gradual de idêntica duração na fase final”.
A empresa deixa também a nota de que a água libertada representa cerca de 7% do volume armazenado em Alqueva desde o dia 1 de janeiro até à data de hoje e que não coloca em causa “a garantia de água de Alqueva para os diferentes fins a que se destina”, tais como: agricultura, abastecimento público e industrial e produção de energia hidroelétrica.
A EDIA esclarece que este é o segundo ano consecutivo que Alqueva procede à libertação de água, em função do regime de caudais ecológicos definidos para as albufeiras de Alqueva e Pedrógão.
A ação consta também do contrato de concessão celebrado entre o Estado Português e a EDIA, em que está prevista a simulação de um caudal de cheia, a jusante da barragem de Pedrógão, caso as afluências naturais, em ano não seco, não atinjam valores iguais ou superiores a 300m3/s desde o início de novembro na secção do Pulo do Lobo. Já em 2023, ocorreu a mesma situação que obrigou à libertação de caudal.
A EDIA adianta que as autoridades competentes foram devidamente informadas da realização da operação e solicitou a sua colaboração, de forma a garantir a salvaguarda de pessoas e bens na zona de ação durante o período referido.