O relatório do Estado da União da Energia para 2021 revelou que, em 2019, Portugal foi o sétimo país da UE com a percentagem mais alta de uso de energia proveniente de fontes renováveis a pesar no consumo final bruto. O País (com os valores na ordem dos 30%) foi apenas superado pela Suécia, Finlândia, Letónia, Dinamarca, Áustria e Estónia, relata o portal Ambienteonline.
A média comunitária fixou-se em, pelo menos, 22%, embora alguns estados-membros estivessem em risco de não cumprir as suas metas nacionais. Recorde-se que o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 nacional impõe como meta uma trajetória de redução de emissões entre 45% e 55% até 2030, e entre 65% e 75% até 2040, em relação a 2005.
Até agora, “nove Estados-membros da UE já eliminaram progressivamente o carvão, 13 outros comprometeram-se com uma data de eliminação progressiva e quatro estão a considerar possíveis calendários”, assinala Bruxelas.
Portugal, com base no relatório, é um dos estados-membros que planeia ultrapassar as medidas conjuntas e alocar, pelo menos, 37% da dotação orçamental à transição climática, fazendo parte do grupo de 13 países que visa alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
A Comissão Europeia anuncia ainda que as energias renováveis foram, em 2020, a principal fonte de energia na União Europeia (UE), ultrapassando pela primeira vez os combustíveis fósseis na produção de eletricidade.
Em concreto, “o relatório mostra que as energias renováveis ultrapassaram os combustíveis fósseis como a fonte de energia número um na UE pela primeira vez em 2020, gerando 38% da eletricidade, em comparação com os 37% dos combustíveis fósseis” e com os 25% da energia nuclear.