Economia Circular

Projeto português testa uso de microalgas na remoção de poluentes de águas residuais

Projeto português testa uso de microalgas na remoção de poluentes de águas residuais Direitos Reservados

Um projeto português, liderado por investigadores do Centro de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), está a testar a aplicação de microalgas para remover poluentes de águas residuais, aproveitando essa biomassa para a produção de produtos de base biológica.

De acordo com a comunicação no site da Universidade, o projeto, intitulado “NABIA – Nova Abordagem de Biorremediação através de Algas”, aborda “a necessidade de encontrar uma potencial solução para o problema da poluição da água por poluentes emergentes e propõe a descontaminação de águas residuais com recurso a microalgas, com uma abordagem baseada na geração de biomassa e na sua respetiva valorização económica”, explicou Telma Encarnação, uma das investigadoras responsáveis pelo projeto.

De acordo com a cientista, a investigação “focou-se na biorremediação de águas residuais geradas pela transformação de lentes oftálmicas na indústria ótica, usando como casos de estudo empresas parceiras. Uma vez que estes materiais estão na sua maioria protegidos por patentes e segredo industrial, analisámos a sua composição”.

A equipa de investigadores começou por identificar os químicos ambientais persistentes em fontes de águas residuais e avaliar a eficácia e eficiência da utilização de microalgas na biorremediação de produtos químicos sintéticos, refere a comunicação.

Atualmente, os investigadores estão a testar a viabilidade da transformação da biomassa em produtos inovadores, tais como lentes oftálmicas “verdes” e ainda um fotobioreator, otimizando o processo para maximizar o conteúdo de biomateriais das microalgas.

“Com o NABIA, pretende-se não só solucionar problemas emergentes relacionados com poluentes em águas residuais, mas também incentivar o desenvolvimento económico sustentável, promovendo uma economia circular através da valorização de recursos biológicos”, conclui a investigadora da FCTUC.

Direitos Reservados // Projeto NABIA

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