“Ainda que não exista uma cartilha que guie os gestores passo a passo, há um conjunto de diretrizes a considerar e que são essenciais para dar resposta à crise e preparar a recuperação, relacionadas com o controlo dos gastos e a monitorização dos resultados”, afirma João Costa, country manager da Expense Reduction Analysts.
A consultora, especializada em otimização de custos e gestão de compras, sugere 7 passos para a recuperação do impacto da pandemia nas empresas. Tome nota!
1. Ter um olho clínico na gestão de custos:
Prestar atenção aos detalhes é crucial. Há que começar por estudar os custos variáveis, sondar o mercado e, em função disso, proceder às adaptações que se prove serem mais vantajosas.
2. Assegurar a resiliência da cadeia de abastecimento:
É muito importante compreender os riscos dos atuais fornecedores e identificar alternativas em caso de necessidade, de modo a minimizar potenciais roturas e garantir o cumprimento de prazos e a satisfação dos consumidores.
3. Encontrar o equilíbrio entre preço, qualidade e serviço:
Mais do que o preço, na escolha do fornecedor indicado, deve incluir-se na equação fatores que pesam na performance global e que dizem respeito à qualidade e ao serviço.
4. Estar atento ao mercado:
Os fornecedores são parceiros estratégicos do negócio, sendo que é sempre preferível fazer uma gestão eficiente dos contratos existentes. Contudo, há que manter as opções em aberto e perceber analiticamente quais as situações que justificam uma troca.
5. Negociar os contratos:
Os problemas tendem a esconder-se nas letras pequeninas. Ler e reler cada contrato nunca é demais. Na altura de fechar condições com fornecedores, deve ter-se presentes as cláusulas, os custos de manutenção e os serviços contínuos.
6. Encorajar a inovação:
A capacidade de inovar é, atualmente, um elemento crítico para o sucesso das empresas. Por isso, é imprescindível investir na competitividade por esta via, evitando ficar atrás da concorrência por inércia – em matéria de cadeia de abastecimento e não só.
7. Planear uma estratégia holística:
Acima de tudo, é preciso definir uma visão e montar uma estratégia acionável em torno dela, que permita proteger a saúde da tesouraria. Cada empresa terá a sua própria estratégia, adaptada à sua dimensão, volume de faturação, impacto e dificuldades detetadas.