A eletrificação dos transportes está a ser bem acolhida pelos portugueses, como revelam, de resto, os dados da European Alternative Fuels, que indica que em Portugal foram vendidos 1793 veículos elétricos em 2017, mais do dobro dos vendidos em 2016. Mas apesar do crescimento do número de utilizadores, começam também a surgir alguns problemas associados a estas tecnologias.
De acordo com o Portal da Queixa, desde o início deste ano, registou-se um aumento do número de reclamações dirigidas à Mobie.e, empresa de mobilidade elétrica responsável pelos postos de abastecimentos espalhados por Portugal.
Em relação a anos anteriores, em que a média de reclamações à empresa de mobilidade elétrica no Portal da Queixa era reduzida – três queixas (2016) e nove queixas (2017) -, o início de 2018 já marcou a diferença com mais de 20 reclamações registadas na plataforma, a maioria das quais relacionadas com o mau funcionamento destes postos de abastecimento, um problema que se estende de norte a sul do país, onde a grande maioria encontra-se fora de serviço.
Ausência de resposta por parte da Mobi.e
Para além disso, segundo o Portal da Queixa, na página da marca Mobi.e, a taxa de resposta e o índice de satisfação marcam 0%, um valor que reflete a indignação por parte dos consumidores.
Em julho de 2017, o ministro do Ambiente, José Pedro Matos Fernandes, revelou que os postos de abastecimento elétricos iriam passar a ser pagos, uma medida que ainda não viu a luz dia com a justificação de que é preciso mais tempo para calcular valores e operacionalizar cobranças.