Apenas 32% das empresas nacionais têm as práticas ESG (Environment, Social, Governance) plenamente integradas na sua estratégia corporativa, com 36% das empresas a afirmar ainda se encontrar num estágio básico de maturidade em termos de práticas de sustentabilidade e ESG.
É a conclusão do Barómetro RH 2024, realizado pelo Kaizen Institute em parceria com a Hays Portugal, que concluiu ainda que, embora a implementação de políticas de ESG seja cada vez mais reconhecida como um fator de criação de valor crucial para a estratégia corporativa, 8% dos inquiridos indicaram possuir apenas algumas iniciativas de ESG e ter um relatório de sustentabilidade, mas sem uma plena integração dessas práticas na estratégia global da empresa.
“Estes dados revelam que a maioria das organizações ainda está nos estágios iniciais da implementação de práticas sustentáveis, focando-se no cumprimento de requisitos mínimos ou em iniciativas pontuais, sem uma incorporação completa na estratégia corporativa. Apenas uma minoria tem práticas consolidadas e relatórios de sustentabilidade bem estruturados”, salienta o estudo.
De acordo com o Barómetro, a área de Recursos Humanos (RH) deve ser “uma parceira chave” na promoção de uma cultura organizacional que valorize e implemente práticas ESG de forma “estratégica e abrangente”.
Os dados da análise revelam que o papel do departamento de RH na implementação de práticas de sustentabilidade varia significativamente entre organizações.
Neste sentido, enquanto 46% das empresas já integram a área de RH de forma robusta no desenho e implementação da estratégia de ESG, outras ainda têm uma abordagem mais limitada, focando a participação de RH em iniciativas pontuais, como políticas de diversidade. Já outras empresas, não envolvem sequer esta área no processo, indica o estudo.
“À medida que a transformação digital, as políticas de ESG e as expectativas das gerações mais jovens moldam o futuro da gestão de pessoas, a chave para o sucesso estará na adaptabilidade e na inovação. Organizações que incorporarem estes elementos nas suas estratégias de gestão de talentos estarão mais bem preparadas para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades nos próximos anos”, explicou Filipe Fontes, Senior Director do Kaizen Institute Western Europe.
A análise inquiriu cerca de 150 diretores de Recursos Humanos de grandes e médias empresas nacionais, com o objetivo de avaliar a resposta das organizações às principais tendências e desafios atualmente verificados na Gestão das Pessoas, bem como o grau de motivação e produtividade dos colaboradores.