A DoGood People, solução corporativa de ESG, deixou o alerta para o fenómeno Green Hushing, que acontece quando as empresas optam por manter em silêncio as suas práticas sustentáveis, visto terem receio do escrutínio público e de serem acusadas de praticar Green Washing.
De acordo com o comunicado de imprensa, enquanto o Green Washing é uma ação deliberada para influenciar os consumidores, levando-os a pensar que uma determinada empresa é sustentável através da comunicação de uma narrativa falsa ou incoerente, o Green Hushing é uma escolha intencional de não comunicar verdadeiras práticas responsáveis, com o objetivo de evitar acusações de Green Washing.
Segundo a comunicação da DoGood People, apesar deste silêncio em comunicar práticas ou progressos sustentáveis empresariais, a grande maioria das empresas considera que a comunicação de objetivos sustentáveis é relevante para o sucesso comercial.
De acordo com o Net Zero Report 2024, um estudo da South Poul, o fenómeno é cada vez mais comum, sendo que 44% das empresas afirmam que a comunicação sobre ações de sustentabilidade é cada vez mais desafiante. Por consequência, 58% dessas empresas revela a intenção de reduzir a comunicação sobre esta temática.
“Embora seja um fenómeno discreto, esta estratégia pode prejudicar a transparência e a confiança dos stakeholders, enfraquecendo o impacto positivo que a comunicação de práticas sustentáveis poderia gerar. Além disso, dificulta a criação de benchmarks e a partilha de boas práticas entre setores, essencial para a evolução sustentável global”, lê-se na nota de imprensa.
Segundo a DoGood People, quando a narrativa de sustentabilidade de uma empresa está ligada à sua estratégia de negócio, princípios e valores corporativos, esta torna-se transversal a toda a organização e aos seus stakeholders. “Tudo isto contribui para o aumento da confiança interna, mas também externa, o que reduz a vulnerabilidade a acusações de greenwashing”, esclarece.