67% da energia elétrica consumida em Portugal foi renovável durante o mês de outubro. A produção não renovável abasteceu 17%, enquanto os restantes 16% corresponderam a energia importada, revelam os dados da REN.
Já este mês, a produção renovável abasteceu sozinha o consumo nacional de eletricidade por 149 horas (cerca de seis dias). O valor é um novo recorde, com o excedente a seguir para Espanha. O anterior máximo tinha sido registado em 2019 e era de 131 horas.
Analisando outubro, o consumo de energia elétrica registou uma evolução positiva com uma subida de 3,1% (mais 2,1% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis).
As condições foram favoráveis para a produção hidroelétrica e para a eólica. Na hidroelétrica, com um índice de produtibilidade 1,75 (média histórica de 1), registou-se o terceiro valor mais elevado dos registos da REN para outubro (desde 1971). Na eólica o valor estabilizou nos 1,22. Ainda no setor eólico, registaram-se em outubro novos máximos históricos, na potência entregue à rede (4843 MW) e na produção diária (108,0 GWh). Na fotovoltaica, pelo contrário, o índice de produtibilidade ficou-se pelos 0,84.
No período de janeiro a outubro o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,86, o de produtibilidade eólica em 1,00 e o de produtibilidade solar em 1,02. No mesmo período a produção renovável abasteceu 56% do consumo, repartida pela eólica com 24%, hidroelétrica com 18%, fotovoltaica com 8% e biomassa com 6%.
Nos primeiros dez meses o consumo esteve praticamente em linha com o registado no mesmo período do ano anterior, com uma descida de 0,1% (menos 0,2% com correção da temperatura e dias úteis).