A Fundação Repsol, em parceria com a Fundação Corell e a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), organizaram o Fórum Luso-Espanhol: “O espaço ibérico conectado para acelerar a descarbonização”. O encontro teve como objetivo analisar os elementos essenciais para impulsionar a descarbonização e reforçar a competitividade industrial e empresarial entre Portugal e Espanha.
O ministro do Ambiente e Ação Climática de Portugal, Duarte Cordeiro, que esteve presente no evento, destacou que “Portugal e Espanha podem realmente se posicionar, a partir daquilo que é a alta penetração de produção de eletricidade por fonte renovável, como países que, não só respondem às necessidades atuais e futuras da indústria que está instalada, naquilo que é a transferência do ponto de vista do modelo de mobilidade que existe, como também, responder com uma deslocalização de indústria verde para esta parte da nossa Europa, e nomeadamente para Portugal.”.
Por seu lado, o presidente da Repsol, Antonio Brufau, nota que “a colaboração entre Espanha e Portugal e o seu compromisso com a transição energética e a descarbonização da economia têm sido notáveis, reforçando as suas políticas para trabalharem em conjunto e posicionarem-se como uma referência para uma transição energética sustentável e inclusiva”.
O responsável destacou ainda a necessidade de que “Espanha e Portugal aproveitem o impulso para a descarbonização e para uma mobilidade mais sustentável para reforçar o investimento em infraestruturas terrestres, tanto em rodovia como em ferrovia, e o necessário aprovisionamento e abastecimento energético, tanto de combustíveis convencionais e de gás, como de combustíveis renováveis, hidrogénio e eletricidade”.
Durante evento, o presidente de Petronor – empresa petrolífera espanhola-, Emiliano López Atxurra, sublinhou que “a cooperação ibérica é mais importante do que nunca, porque só através da cooperação podemos ter a força de uma posição comum na agenda europeia e na esfera de decisão comunitária”.
Para o responsável da Petronor, “a transição energética não é uma ideologia, é um esforço coletivo de transformação industrial e tecnológica que exige a colaboração pública e privada para que o setor industrial evolua no novo ecossistema europeu que está a ganhar forma”.
O evento contou com uma mesa-redonda onde se analisou a oportunidade de crescimento industrial que a transição energética representa para a Península Ibérica. Nesse aspeto, os intervenientes concordaram que o crescimento das exportações hispano-portuguesas exige uma melhoria substancial das ligações terrestres.
Posteriormente, na segunda mesa-redonda sobre o “Desenvolvimento tecnológico e industrial para a transição energética na Península Ibérica”, os participantes assinalaram as grandes possibilidades de Portugal e Espanha para se converterem numa nova potência energética europeia.