O European Environmental Bureau (EEB), no âmbito da campanha Coolproducts, analisou o mercado do aquecimento doméstico europeu e descobriu que 19 das 49 empresas analisadas estavam a liderar a descarbonização do setor. Em comunicado conjunto com as empresas que lideram essa mudança, o EEB apela a que os legisladores apoiem a transformação verde do aquecimento.
As 19 empresas líderes, nas quais se incluem empresas como a LG, a Mitsubishi e a Panasonic, vendem maioritariamente sistemas de aquecimento baseados em energias renováveis no local — como bombas de calor e sistemas solares térmicos. Os seus portefólios de produtos são compatíveis com os objetivos climáticos europeus e internacionais, de acordo com a análise do EEB.
O relatório revela também 21 das 23 empresas que responderam ao inquérito apoiam o fim dos subsídios ao aquecimento por combustíveis fósseis. Aliado a isso, 19 de 23 das empresas inquiridas apoiariam uma proibição da venda de sistemas de aquecimento por energia não verde.
“As conclusões provam que o mercado está pronto para entrar na era do aquecimento renovável e que a voz dos líderes da frente é demasiadas vezes pouco ouvida no debate político. Da crise climática ao aumento dos preços da energia, as bombas de calor e o aquecimento solar térmico oferecem a melhor solução disponível para o desafio energético. Já é tempo de os legisladores apoiarem esta transição e garantirem que podemos aquecer as nossas casas sem aquecer o planeta”, considera o especialista energético do EEB, Davide Sabaddin
As conclusões do relatório surgem num momento em que a União Europeia está a debater várias partes de políticas que visam garantir o papel dos edifícios europeus na descarbonização da economia.