Economia Circular

Circular Cities Declaration destaca oito tendências de economia circular na Europa

Circular Cities Declaration destaca oito tendências de economia circular na Europa

A iniciativa Circular Cities Declaration (CCD), promovida pela ICLEI Europe e que pretende acelerar a promoção da economia circular na Europa, revelou, no seu último relatório, oito tendências que se verificam a nível europeu a este nível:

  1. Aposta em iniciativas circulares ao nível europeu para apoiar as cidades;
  2. Adoção pelas cidades de estratégias circulares e roadmaps;
  3. Investimento em infraestrutura circular para fechar os circuitos de produção e logísticos;
  4. Utilização de contratos públicos para reduzir a pegada ambiental e permitir a economia circular;
  5. Criação de programas municipais de inovação e realização de projetos de inovação;
  6. Sensibilização e capacitação dos cidadãos para uma cultura de partilha;
  7. Pressão por mais circularidade na construção;
  8. Aposta em sistemas alimentares locais mais regenerativos.

Entre os exemplos destacados está o caso de Torres Vedras, que através de contratos públicos está a investir em refeições escolares sustentáveis.

Para identificar as tendências, a CCD analisou 40 relatórios submetidos pelos signatários da declaração, que cobrem atividades promovidas entre 2021 e 2022. Metade das cidades já possui estratégias de economia circular em prática ou desenvolvimento.

Apesar do progresso alcançado, foram destacadas quatro barreiras atuais para a economia circular:

  1. Ultrapassar limitações de capacidade e recursos;
  2. Assegurar apoio político e quebrar bolhas;
  3. Medir a circularidade: desde a recolha de dados à monitorização dos enquadramentos legais;
  4. Mudar o paradigma: Pensar circular num sistema linear.

A CCD destaca que “os progressos no sentido de tornar as cidades circulares não são tão rápidos como poderiam ser devido à falta de competências e conhecimento. Além disso, a falta de opções de financiamento está a travar o ritmo da transição para uma economia circular. O setor privado e os governos nacionais devem ajudar a desbloquear novas oportunidades”.

O vice-presidente da cidade do Porto – uma das signatárias da declaração – , Filipe Araujo, nota que “mudar de uma economia linear para uma economia circular é essencial se quisermos alcançar a descarbonização e permanecer dentro dos limites planetários. Representa nada menos do que uma mudança de paradigma, pois fechar e encurtar loops de materiais significa adotar formas completamente novas de produzir e consumir”.

Por sua vez, o coordenador para a economia circular na ICLEI Europe, Simon Clement, nota que “a CDD pretende ter 150 signatários até 2025. Tal daria um novo impulso à economia circular na Europa e enviaria um sinal claro de que existe uma alternativa viável à economia linear”.

Em Portugal, Águeda, Albergaria-a-Velha, Braga, Évora, Guimarães, Loures, Mangualde, Mealhada, Melgaço, Porto, Torres Vedras e Valongo já assinaram a declaração.

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