A Câmara Municipal de Leira apresentou o Plano Municipal de Ação Climática (PMAC), um documento que orienta o planeamento da política climática e que estabelece as metas e as medidas a tomar pelo município até 2050.
De acordo com a comunicação no site da entidade municipal, a redução das emissões de gases com efeitos de estufa (GEE), assim como a preparação e a resposta aos efeitos das alterações climáticas são o foco do PMAC, “que pretende colocar a ação climática no topo das prioridades da atuação municipal, estando alinhado com a Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas e com o Plano Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas”.
No que toca à mitigação, a comunicação avança que estão definidos 28 objetivos e 56 medidas, distribuídos pelos setores industrial, agrícola, resíduos, transportes e ainda residencial e serviços, cujas metas englobam “o aumento da produção fotovoltaica, a redução dos consumos energéticos, a eletrificação de frotas, o aumento das taxas de recolha e tratamento de biorresíduos, bem como dos níveis de reabilitação energética dos edifícios, entre outras”.
Já relativamente à adaptação às alterações climáticas, estão previstas 39 medidas, a executar até 2030, tanto a nível geral, setorial e territorial, como de caráter específico para os territórios vulneráveis prioritários.
O município avança que estas medidas foram elaboradas a partir da identificação e priorização das vulnerabilidades e riscos climáticos e da sua projeção para o território até ao final do século.
Relativamente à neutralidade carbónica, o plano estipula um faseamento na mitigação das emissões de GEE: até 2030, a redução deverá ser de 55%, na década seguinte, os valores deverão ser entre 65 e 74%, para, em 2050, chegar aos 90%.
“A eliminação da pobreza energética é também umas das metas a atingir até meio do século, o que reflete um compromisso sério com o bem-estar da população de Leiria e contribui para uma melhoria no uso eficiente de energia, tornando-a mais acessível e proveniente de fontes renováveis”, lê-se na nota informativa.
Segundo o município, o PMAC reuniu os contributos de vários parceiros para um diagnóstico “mais rigoroso e para uma melhor compreensão da visão e prioridades de cada setor”.