Durante os últimos dois anos, os países que compõem o grupo do G20 gastaram pelo menos 14 biliões de dólares – perto do PIB anual da China – em estímulos económicos. No entanto, segundo uma análise publicada na revista científica Nature, apenas 6% (ou cerca de 860 mil milhões) foram investidos para a descarbonização. O relatório nota ainda que quase 3% do total dos estímulos foi investido em atividades que deverão aumentar as emissões de carbono globais.
Quanto comparado com os estímulos económicos da última grande crise financeira, entre 2007 e 2009, os valores investidos são proporcionalmente mais baixos. Na altura, 16% do valor foi destinado à diminuição das emissões (ou cerca de 520 mil milhões de um total de 3,25 biliões de dólares).
Do valor investido na redução das emissões, 72% possui impacto indireto, com apostas, por exemplo, na expansão da ferrovia.
Por sua vez, analisando por país do G20, são a União Europeia e a Coreia do Sul que mais apostaram no ambiente no âmbito dos seus estímulos, com mais de 30% do valor dedicado à diminuição das emissões. O Brasil, a Alemanha e a Itália dedicaram mais de 20%. Já o México e a França mais de 10%.