A inflação e a guerra na Ucrânia são alguns dos fatores externos que podem abrandar os planos de sustentabilidade das organizações. A conclusão é do “Climate Check: Business’ views on climate action ahead of COP27”, o estudo levado a cabo pela Deloitte em conjunto com a Oxford Economics. A pesquisa partiu de um inquérito realizado a 700 líderes do C-Level da África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, França, Índia, Japão, Reino Unido e Suécia.
O objetivo foi perceber as preocupações dos líderes organizacionais, relacionadas com a crise climática, as ações que estão a empreender e as medidas que consideram que os governos devem tomar no futuro.
Mais de 70% dos inquiridos revelaram que a conferência que decorreu no Egito, a COP 27, vai gerar as mudanças necessárias para que sejam cumpridas as metas do Acordo de Paris.
Os riscos de segurança relativos às alterações climáticas (55%), o greenwashing ou a transição climática justa (41%) são os temas que merecem maior atenção, a nível global, para os executivos.
Mais de 60% dos líderes consideram que o greenwashing está a afetar, de forma negativa, o mercado, 63% afirma que o combate a esta prática é uma prioridade e referiu que é necessária a implementação de novas políticas ambientais e de regulação.
Já 27% dos líderes destacaram a necessidade de priorizar o cumprimento dos regulamentos existentes.
Mais de 60% dos inquiridos afirmaram estar a colaborar com organizações não governamentais, 50% com instituições académicas e 44% com grupos de ação climática, de modo a delinear estratégias de Investigação & Desenvolvimento e de financiamento para concretizarem medidas de mitigação e adaptação.
No que toca ao impacto dos fatores externos nas estratégias de sustentabilidade, 37% dos executivos do C-Level mostraram vontade em acelerar o investimento em estratégias de sustentabilidade nas suas organizações no próximo ano.
